Reza e dá a constituição portuguesa o direito a todo
o cidadão, de usufruir do serviço de saúde. Bem, não está mal. E por um lado,
até é uma verdade respeitada. Pois todo o cidadão, pode passear-se pelos
espaços públicos destinados aos serviços de saúde. E até gemer, enquanto
desespera, por ser atendido nos serviços de urgência. Curiosamente, nunca por
lá vi um político. Me desculpem se sou curto de vista. Mas será que é saudável um
doente estar tempos sem fim, com a sua doença, sem consulta. Não me parece. Enfim, Diz.se que Portugal é um estado democrático.
E é tão democrático, que até sustenta o direito ao desrespeito da constituição.
O político inferno, abriu a sua macabra
fonte.
A moral, a vida já não espelha.
À constituição, só o pobre se ajoelha.
Neste desvario o ar tresanda a morte.
O fraco, como nunca, vegeta sem sorte.
No altar desta política mascarada.
A causa sinistra! Vive condecorada!
Nos faustos das presidências.
E iguais administrativas pestilências.
Justiça de corrupta espada.
Nem a ti, foste prestada.
Militarismos de fachada.
A dignidade, nunca mais será achada.
Enquanto a honra é desvirtuada.
No grito de inconsciente política
palhaçada.
Consciência de noites frias.
Novenas de desarticuladas romarias.
Corpo na cruz de inglórias penitências.
Ao sangue de perdidas inocências.
Nem pombas nem oliveiras.
Da paz, não mais serão mensageiras.
Nem arcas nem barcas!
O cais já é fogo. Como fogo terá. O
local para onde embarcas.
O sol, em qualquer zénite pináculo.
A luz sonega.
Sussurram-se as Marias!
São medonhas as gritarias.
Ou será o eco do passado?
Por todos, devassado.
E o homem, encostado há consciência.
Devassa a existência.
Indaga, se será dia ou noite? Se é homem
ou bicho?
Se a vida não passa de fantasioso
capricho.
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