Na nossa ainda limitação, alegramo-nos com o som
que produzimos. Porque ainda, não sabemos
escutar o espaço vazio. O gritante eco do silêncio. Ou o som do tempo. A verdadeira
linguagem da vida. Mas, como vamos andando. No acompanhar do tempo, vamos imitando
e harmonizando alguns dos sons que já conseguimos escutar, consoante o tempo,
vai conquistando espaço. Ao mesmo, nos vamos completando. Até que um dia, compreenderemos
e atingiremos o eco e movimento do tempo a abrir portas ritmadas a mais acompanhamento.
Curvado Não é curvo.
Mas a distância é sempre circular.
E o longínquo é horizonte ainda turvo.
Não dá para até lá pular.
Nem para saltitar
Mas ao tempo, a idade não estaciona.
E na terra, caminha sempre a debilitar.
O lugar do tempo, assim nos pressiona.
Nesta regra, temos que caminhar.
Depois de cansados de gatinhar.
E como tudo, de um todo é oriundo.
Horizontalmente. Na força do
crescimento nos elevamos.
Sem no todo do mundo.
O calendário da vida. Anotarmos.
E ainda tal fera.
Que crua carne ferra!
Deambulamos no planeta terra.
A amar e a dizimar
Umas vezes a distanciar. Outras a
aproximar.
E por entre a ortodromia.
Ou a loxodromia.
Eretos! Mas ainda muito ignorantes.
Mais para espertos, que para inteligentes.
Em desconexos sentidos, caminhamos.
E a crescer, tudo contornamos.
Para a mais saber chegarmos.
Entre rezas, mesinhas e bruxedos.
Crucifixos e amuletos.
Lá vamos na linha da vida, cheios de
medos.
Vestidos de preconceitos e conceitos
obsoletos.
Em muitas cores, pintamos e escrevemos.
Tudo, medimos.
A esconder o que tememos.
O circular, sentimos.
Mas caminhamos ao milímetro.
Dentro de uma redoma, sem circular metro.
Embora a idade, seja em tempo, medida.
Ainda acompanha a era do quadrado.
Por conveniência urdida.
Mesmo sendo a íris, redonda.
Como a gota que forma uma onda.
Assim, como tudo, o que nos circunda.
Até à distância mais profunda.
Mecânicas de posicionamentos e distâncias.
Enquanto o corpo, ao tempo, vai curvando.
Na verdade, das circundantes, circunstâncias.
A que nos força o tempo, que sempre vai
mudando.
E crescendo, enquanto vai andando.
No voo de todo o movimento.
Ao pulsar de cada universal momento.
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