Como nunca corre Portugal aos penhoristas.   Por falta de Lusos estadistas.   Comercio e fábricas abrem falência.   Por falta de Lusa coerente administrativa gerência.   Até banqueiros   Levam do povo os seus dinheiros.   Neste sacar sem punição.   Anda a população em constante aflição.   O povo vende brincos e pulseiras.   Para comprar pão nas feiras.   Mas S. Bento! Come e bebe a rigor.   Para à crise dar vigor.   Segundo fontes noticiosas.   Das políticas oficiosas.   Champanhe, caviar e mais guloseimas. Fazem parte da gastronomia   Da actual parlamentar mordomia.   Viva a crise de tanta fartura.   Enquanto o povo, calado, paga a factura.   Com os trocos do ouro penhorado.   E o suor do parco granjeado.   Nesta miséria, as faculdades, só dão políticos paridos.   Para as fileiras dos partidos.   E por todas as esquinas.   A sugar das Cinco Quinas.   Abre-se o comércio ao ouro.   Há fome! Vende o pobre, o seu de ontem amealhado tesouro.    PORTUGAL!   Aonde resta Portugal? ...