Não podem restar dúvidas! Com tanto político a
gritar igualdade e a prometerem o melhor para as populações. Ou somos todos
moucos? Ou com o pouco que resta da política. Porque os políticos, são logo à
partida, os primeiros a porem-se bem. Nesta desigualdade, tudo o que o Zé povo consegue
agarrar, mastiga ou esconde. Neste desaire, cada um, vive há sua pança. O vizinho,
que se amanhe. Ou tente ir a nado para outro lado, se não morrer afogado? Terá
a miserável solidariedade de um buraco, num qualquer campo de esfomeados. A que
pomposamente, as chamadas elites, chamam campos de refugiados. Mas nem tudo é
azar, antes da tisica lhe comer o corpo. Possivelmente, sorrir-lhe-á a sorte,
de tirar uma foto, com uma das celebridades que por lá andam a prometer mundos
e fundos.
A esconderem culpas e maculas.
Com embriagadores cantares.
Às cores de quais queres, mandantes pares.
Que se determinem governantes.
Entre a algazarra das barrigas dos seus
votantes.
Mesmo a passarem por cima das abstenções.
Das nacionais barrigas a boas intenções.
As quais, são esquecidas e negadas.
Na trágico-comédia, há fome, sufragadas.
Entre acusações, contradições,
denuncias e risadas.
No artilhado palco das políticas pegadas.
Feito charco de lama, de tantos indigentes.
Que, por inércia do cargo, de altos dirigentes.
Logo se julgam conhecedores das artes
comediantes.
Palhaçada de indiferentes.
A contar anedotas irreverentes.
De doentio falsear
E louco metamorfosear.
Vedetas bestializadas.
Por si próprias banalizadas.
Palcos ridicularizados.
Pelos seus sectários notabilizados.
Em entrevistas de apaniguados.
Neste mundo de irados.
E de artistas às artes calados.
Os quais, pela vil farsa, ficam lembrados
Neste teatro de tantos espezinhados.
Que a informação vai ocultando.
E em letras sem arte calando.
Ou a mais lodaçal aclamando.
Neste jornalismo de interesseiras tretas
E falsas vedetas.
Sem reais letras.
No entanto, a papelada, lá vai ao
vento esvoaçando.
Como vela sem mastro, que o rumo vai perdendo.
Mesmo que, as eleições, tenham sido os
seus carrascos.
Entre sinais de vírgulas, pontos e subsídios,
lá vão empinando os cascos.
Por entre historietas de broncas e desmentidos.
Mas o descer do pano, acaba sempre sem
detidos.
Enquanto a abstenção, aguarda de barriga
vazia.
E os votantes à palhaçada, insuflam de
azia.
Miseráveis pecadores!
Da mentira oradores.
Pataratas escritores.
Com artigos às circunstâncias.
Das políticas valências.
E ao aplauso da ribalta.
Ao barulho da malta.
Para se quererem importantes.
Afirmam-se descontentes
Dos tempos dos valentes.
Que a Portugal, foram sempre presentes.
Trágica comédia de tétricos divertidos?
Cantadores a qualquer cor convertidos.
Do passado, mostram-se ofendidos.
Em ditos e escritos de mil horrores.
Mas ao presente, a melhor futuro, não
são criadores.
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