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Na limitação do tempo que deixamos passar. Ou sem vida própria mascaramos. Algumas vezes, alegramo-nos. Outras zangamo-nos, com o que julgamos viver. Mas na maior parte das vezes, com o que não nos deixam viver. Com o que nos interessa, ou não nos interessa. Tudo isto, porque não intendemos nem usufruímos o tempo da existência. Para além da parte visível e palpável. E temos medo! No entanto, de um modo ou outro, sentimos que somos dependentes. Até sentimos a força da envolvência cósmica. Se perdêssemos o medo. E vivêssemos em mais respeito. E mais valor para assim, adquirirmos uma postura de mais pertencer, amor e consciência social. E desta forma, imbuídos de melhor trato. Desenvolvêssemos para o bem, todas as faculdades de sentimentos que acompanham a forma humana. E então, tivéssemos, acesso ao tempo. E entrássemos no conhecimento das muitas das nossas formas e das infindas formas do espaço. Possivelmente passávamos a a ter mais respeito e solidariedade para com toda a forma de existência. E mais cuidado, com o todo universal, que com o tempo, se vai expandindo pelo espaço. E com toda a forma de vida que o mesmo gera. Igual ou diferente. Mais letrada. Ou menos letrada. Mais materialmente rica. Ou menos materialmente rica. Ou até, mesmo, com a mais paupérrima.

Deus a terra fendeu.

Ao homem, o vulcão acendeu.

E logo noite, Incandesceu!

O mundo cresceu!

O calor do lume. A montanha aqueceu!

Movo espaço o homem mereceu.

O frio, e a noite, em novo saber venceu.

Mas não envaideceu!

No entanto, o seu olhar resplandeceu.

E ao mundo. Novo ciclo sucedeu.

Foi todo um novo caminho que floresceu.

Outro, já era o merecer.

Por entre o universal vencer.

A tanto, não podia o homem ficar indiferente.

Já comia o pão quente!

Tinha que divinizar o fogo ardente!

Fogo da terra! Fogo do Céu!

Que, com o clamor das entranhas apareceu.

A iluminar a sombra, que o sol escureceu.

Neste especular, o homem, entendeu.

E ao todo, um pouco mais ascendeu.

E nas suas limitações, estabeleceu.

Além, na linha do horizonte.

Fica a fonte.

Aonde cai o véu, com todo o seu fogo escaldante.

Cansado e delirante.

Ao caminhar para lá, percebeu.

O erro de Ptolemeu.

Pois, em suas mãos, os astros, não recebeu.

Descontrolado, gemeu e tremeu. O todo temeu!

Na dor do passado, do presente sempre com futuro.

Sentiu-se ao todo, ainda um ser imaturo.

Em fugaz espreitadela, ao céu. Entristeceu.

Mas, ao ver mais mundo à sua frente, não desvaneceu.

Ajoelhou! Deu-lhe Deus a coragem de duvidar e venceu.

E do diáfano do éter, novo horizonte rejuvenesceu.

À ignorância. O homem. Transcendeu.

O girar do mundo compreendeu.

O passado. Parado. Passa a ser erro. O mundo o cometeu!

Erro dos lentes? Ou das mentes? Que o mundo obscureceu.

E à vida embruteceu.

Mesmo sendo os absolutos mandantes.

Que pela terra, se arvoraram em sapientes reinantes.

Quantos Messias? Verteram universais filosofias.

Que com os tempos, criaram infindas fobias.

No materialismo da humanidade.

Que ainda a leva a planetária barbaridade.

Nesta desdita, o homem, não enfraqueceu.

Seu filho não escondeu! Protegeu.

Novo seguir elegeu.

Não desmereceu. Atendeu.

Na razão empreendeu.

Mas quantas Cruzes há vida não ergueu?

E há vida, em semelhante filosofia se reergueu.

Assim, o mundo, no seu girar, não mais entardeceu.

O homem, à descoberta do seu todo se meteu.

Ao mundo, o mundo prometeu.

Foi neste empreendimento, que o mundo engrandeceu.

O homem, já no saber de outra gente, muito padeceu.

Motivo pelo qual, o navegar empreendeu.

Assim, seguiu em frente, mas não esqueceu.

Tudo quanto no celeste manto aprendeu.

Deus o mundo criou! Ao homem! O mundo deu.

Porque Deus, ao homem, o concedeu.

E assim, o homem. Cresceu.

Ao novo mundo que nasceu.

A Deus correspondeu.

Há fé Divina se rendeu.

E na fé de Deus, sobreviveu.

Por entre o todo com que conviveu.

Sempre em demanda da verdade, o homem combateu.

Deixou de ser ateu.

E em novo merecimento.

Em demanda do esclarecimento.

Do Divino humano chamamento.

Zarpa o Português com a cruz de Cristo.

Ao mundo que já era previsto.

Nas velas, que panda ao vento.

Leva o Luso alento.

Pano e força que impulsiona a caravela.

Com a Cruz de Cristo em sua vela.

Para do mundo, ter cabal conhecimento.

O homem, ao leme deste empreendimento.

Era do mundo humano. Não era santo.

Viveu muito salgado pranto.

Mas mesmo, no tenebroso susto.

Queria a verdade e era justo.

Era de força lusa. Destemido e recto.

E ao mundo tinha afecto.

Sabia ao que ia! Navegou resoluto.

Suportou o luto.

Na luta contra o pelágico, então, tão temido.

Como era povo marinheiro! E ao mar destemido.

Ao seu rei, e ao clero, fez juramento.

De do mundo todo, dar merecimento.

E a cruz de Cristo, erguer em todos os quadrantes.

Mesmo nos longínquos mais distantes.

A marcar ao homem o ponto.

Aonde se ouviria o Luso canto.

À vitória de tão grandioso humano facto.

Que levou no saber, ao encontro e ao contacto.

Nada foi à sorte. Foi na dor chorando e na glória cantando.

Que o mundo, a todos se foi formando.

Nada foi achado, tudo foi estudado e previsto.

Notai que, depois de muito navegado, ao largo, um mastro foi visto.

No inverso da esteira.

Que abriu a pelágica fronteira.

Era a lusa caravela! Com novas! De volta ao seu porto.

Ao merecido Pátrio conforto.

Depois da força da largada.

E da audácia de tanto navegado, até à chegada.

Assim, com dor, glória e honra. Terra e povo, foram ao mundo descoberto.

Novo planetário capítulo foi aberto.

Os astros foram o ensinamento.

O marítimo encaminhamento.

O sol. No céu. Não findava em fundo ignoto.

O seu todo, não era assim tão diminuto.

Girava sim, algumas horas de nós incógnito.

No caminho do infinito.

Até ao seu surgir pelo nascente.

De um todo existente.

Confirma-se que, o mundo, não é morto, nem parado.

É corpo existente à vida preparado.

Neste saber, vivia o Português, ao mar atento.

Eram outros os tempos. E outros os valores. E outro o tento.

O homem era nobre! Primário era o instrumento.

Mas, mesmo assim, concluiu o proposto.

E no planetário horizonte, também surgiu pelo lado oposto.

Hoje, já a todos, exposto.

Lá, do outro lado, está o Luso Padrão! Aos do mar. Pronto, solicito.

Luso clarão! Com o mundo implícito.

Universal contentamento.

Do todo, em continuado crescimento.

Oh! Divino manto.

Como por encanto.

O homem que ontem, no mesmo mundo de crescimento.

De outro homem, fazia o seu alimento.

Hoje, noutro olhar ao céu. Vive grato.

Em diferente humano trato.

Sai do abismo.

Deixa o canibalismo.

O paganismo.

E satisfeito.

No novo conceito.

E humanamente mais frugal.

Segue com fé Portugal.

É agora, noutro saber, o seu ideal.

À vida, começa a dar importância real.

Depois deste Luso universal conquistar.

E humano universal manifestar

Mas mau grado, a fortuna e o bem-estar.

De toda esta gente multirracial.

A criar mais e melhor humano manancial.

Faz exaltar a inveja e cobiça internacional.

A maldade irracional.

Começa a especular.

Todo o mundo critica esta união secular.

Querem novo mando, diferente político estipular.

São os maus do mundo, na ânsia de encher o seu bornal.

É o político infernal

A mudar o bem pelo mal.

Neste mundo ainda animal.

Bando de sanguinários.

Vazio escroto a pele de mercenários.

Traidores ao crescimento planetário.

Fardas ao numerário.

Somente vêem dinheiro.

Não têm humano companheiro.

Nem legal fronteira.

São viventes à babuje de outros canseira.

Forjam o emocional.

Corrompem o funcional.

Principiam por corromper e empeçonhar, alguém do nosso povo nacional.

Gente sem credo, sem hino. Gente que, só quer ser maioral.

Seres sem bandeira. Sem chão a cemitério. Seres sem moral.

Com este tipo de gente, a outro, serviçal.

Erguem fraudulento político castiçal

Que logo o povo com ferro abrasa.

E o mundo atrasa.

No erguido que arrasa.

Com esta gente, sem razão nem moralidade.

Assassina-se a nacionalidade.

Cerceia-se melhor caminho à universalidade.

Termina a paz, e todo um serviço da união existencial.

Que ao mundo era essencial.

Esta brutal imposição.

Termina em humana aflição.

Força crianças e velhos a viver pelas matas.

Sempre envoltos em políticas zaragatas.

Vida de mutilados a uma irreal liberdade.

Forjada em desumana crueldade.

É o retrocesso ao animal vegetar.

É voltar com o povo ao irracional manietar.

É o ver nos olhos das crianças dor e fome.

E o corpo à morte conforme.

É voltar ao brutal ajoelhar.

Negar o cerúleo espelhar.

Para ouvir em descomunal arrazoado.

Tudo o que, por Deus, nunca será perdoado.

Discursos e quimeras a um todo retrógrado.

Satânico brado.

De fosso abismal.

Sem a Divina crisma baptismal.

Que ainda, com Deus no céu. Nos leva afinal.

A um tardar divinal.

É o voltar ao boçal cafreal.

Num planetário estagnar irreal.

Não. Não é do real Portugal.

Do Luso Portugal!

Este iníquo crer fatal.

Esta política letal.

É, de um mundo bestial.

Que não olha ao celestial.

A vela branca do Português foi divinatória.

Ao mundo, meritória.

Divina realização.

A um todo, de total aproximação.

Mas, em todas as épocas há pecadores.

Humanos exploradores.

Que, com ferros, ou palavras espúrias.

Adultera as universais vitórias.

Para sacar pessoais benfeitorias.

Assim, de um bem colectivo.

Que a todos devia ser produtivo.

Cresce a escravidão.

Brutal humana servidão.

Mal que o mundo comporta.

Desde que se abriu a humana porta.

E se teve que, carregar lanha para a fogueira.

Da dominadora lareira.

Acesa ao fogo da cegueira.

Humano, já da morte escravo.

A viver tanto incompreendido agravo.

Na procura e demanda.

E na ordem de quem manda.

O escravo, sempre do forte foi mercado.

Mas no correr do mundo, mais se agrava este pecado.

No meio dos actuais negócios, fictícios e fraudulentos.

Que desvirtuam planetários valimentos.

Mais se ouvem os acorrentados lamentos.

Já no mundo de recente passado.

O grande Império Romano.

Do seu escravo era ufano.

Até o régulo da sanzala, para ser obedecido.

Tinha o seu escravo vencido.

Para não falar da concubina, ou do eunuco, em seu leito copulado.

E na força senhorial calado.

Não foi só do branco, da vela branca, este merecido.

O mal, infelizmente, por todo o mundo já era conhecido.

E estabelecido.

Muito negro, negro vendeu.

Dor que, miserável e berrante miçanga rendeu.

Mas, notai, os tempos não mudaram.

Mas pioraram!

Ainda hoje, se vê no poder, muito lodo

É outro, o sistema, e o modo.

A manietar o fraco e o necessitado.

Que ao sustento, se vê aviltado.

Neste mundo desvairado.

Escravizado e irado.

Cada vez, há mais escravos, ao subsídio bonificado.

Pela atual política económica, crucificado.

E muito jovem, no recibo verde, vive afundado.

Político lodo, que o humano dá por deserdado.

Mundo minado.

Repleto de povo discriminado.

E outros, sem recibo, são escravos. Deveis ao voto do partido.

À finança se vê convertido.

Pois pela criminal finança foi instituído.

Para dar este mundo por destruído.

São os novos sistemas.

Humanos anátemas.

São os contratos dos novos políticos deste estado.

Que, à Nação, não é prestado.

E fazem do Português criado.

Neste mundo viciado.

Neste reino, cada vez mais de futebol e fado.

Mas já sem arado.

Mas aonde, sobre a cabeça do pobre, pesa criminal machado.

Eu, que neste infesto não fui tido nem achado.

Humildemente venho requerer, se é que, ainda posso falar.

Neste nocivo político contubérnio que a humanidade faz calar.

Quando os meus olhos, encerrar.

E o meu corpo mirrar.

Depois de à vida finar.

Neste mundo, ainda de tanto humano arruinar.

Não quero campa com pedraria.

Nem epitáfio com honraria.

Nem gente a chorar.

Muito menos a orar.

Bastou-me na vida caminhar.

Sempre com Deus a apadrinhar.

E o chão de meu pai, custear.

E por ele, com amor pleitear.

E a bandeira de Portugal, com honra hastear.

Agora, a novo encontrar.

Basta-me na terra entrar.

A qual, meu corpo vai transformar.

Na terra que, outro mundo virá a formar.

Não quero flores a disfarçar.

O permitido humano desgraçar.

Que a minha campa seja terra.

A um mundo sem tanta humana fera.

Eu sou de Portugal! No mar. E no ultramar.

Minhas mãos, não são garras para humano sangue derramar.

Não sou esclavagista. Nem de martirizar.

Sigo os Lusos do civilizar.

Por isso quero ficar par

Em meu funéreo acampar.

Com quem a lutar de armas e coração.

Engrandeceram Portugal como universal Nação.

No tempo da Lusa navegação.

Em que as armas não eram floridas. Mas os homens eram de amar.

Lutaram com heroicidade para as Cinco Quinas afirmar.

Construíram sim, o mundo. No seu navegar.

No seu crer ao longínquo chegar.

Militares com flores, só servem para falsear populações.

Fomentar revoluções.

Escondidas em floreadas traições.

Causadoras de humanas aflições.

Armas floridas. Criança escravizada.

Pelo mundo, marginalizada.

Armas de traidores.

Só criam ao mundo, sofredores.

Espelho sem cerúleo.

Neste universo hercúleo.

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