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Nem sempre os governos são às Nações. Em tempos que
já lá vão. Já fomos governados pelos Filipes, gente, que nem tão pouco, portuguesa
era. No então, estes Reis espanhóis, não foram tão nocivos a Portugal como os
governos que a abrilada instituiu. A Nação tem que se organizar. Se de facto respeita
e ama Portugal. Se queremos sair desta crise. Não é a abrir mão do pouco que ainda
temos, para os bolsos de quem nos desgoverna. Para os bolsos dos gestores
públicos. Que auferem milionários salários e prémios. Para as milionárias reformas
dos políticos. Que em poucos anos de bazofias e muitos bens ditos de compadre
para compadre. Ficam ricos para o resto da vida. Para os acepipes da cantina da
Assembleia da República. Como se Portugal fosse obrigado a alimentar os políticos
em paraísos de nababos. Temos sim, que trabalhar. E arranjar políticos que não
forjem leis protecionistas, a interesses pessoais. Com esta gente em liberdade,
não vamos lá. Há que respeitar posições e hierarquias. Mas há que condenar e
punir abusos. Há que ser Português ao todo de Portugal. O trabalhador também é
um ser humano. Não é só o político que precisa de sustento.
Do topo do meu nada conseguido.
Olho o todo do Céu nascido.
A romper no horizonte o
Sol erguido.
Depois de a noite ter
vencido.
Na luz crescente.
Atiro o olhar pelo vivido.
E num repente.
Comovido!
Olho o dia envolto no nada
do meu atingido.
Por todo o lado, cruzes e
cemitérios.
Êxodos, de um povo
afligido.
Chacinas de políticos critérios.
Quantos infortúnios.
Áfricas e caciquismos.
Neste político bando de demónios.
De garras afiadas a todo
o tipo de oportunismos.
Nagasáquis e hiroximas.
Quantos insondáveis mistérios.
Universais lágrimas.
Que de tantos sofrimentos
formam rios.
Rolam pela face de um sem
fim de inocentes.
Que sobre a terrena chaga,
caminham da vida, desnudos.
Vergados ao jugo do comando
de humanos dissidentes.
Que em ascensão ao seu nada,
à carnificina ficam mudos.
Enquanto estendem as
garras a gatilhos de humanos nevoeiros.
Por entre os quais, vão
armando crianças.
Em exércitos mortais de
inocentes pistoleiros.
Carregados de mortais instrumentos.
A cercear crescimentos de
onde se possam vislumbrar esperanças.
Morte a marchar no seu, e
aos de mais sofrimentos.
Fardas de escarlates véus.
Trajadas na cor dos magarefes,
feitos à política barbaridade.
Aos políticos interesses,
sem olhares à humanidade, nem aos Céus.
Política crueldade a fardar
a humanidade.
Ao toque das suas
políticas chacinas.
As quais, os vão levando
ao pandemónio do abissal fosso.
E os mantém bem lá no fundo.
No sangue das suas carnificinas.
A ripar a carne do osso.
Das vítimas de tão
grotescas políticas condenações.
Que caladas se vão deixando
exterminar.
Por quem vai atingindo o
topo do fosso das humanas crucificações.
Em criminoso político e militar
dominar.
Deste pequeno monte do meu
suor e cilício.
Tento o passado indagar.
Quanto vivido sacrifício.
Até este nada chegar.
E assim, do topo do meu nada,
que fui alcançando.
Olho o mundo apavorado.
E a Deus vou orando.
Por um mundo mais moderado.
E de joelhos, na pedra já
não tão intacta.
Ouço os gritos e estampidos.
Por todo lado, cadáveres
e gemidos
Que a vão tornando
putrefacta.
Com a atual planetária politicagem.
O mundo não pode ter crescimento.
Caminha a largos passos,
para a mortal viagem.
Sem deixar pegada de humano
merecimento.
Cadáveres artilhados com
cintos armadilhados.
Fazem-se explodir, a matar
corpos desgraçados.
Que em má hora, cruzam pelos
corpóreos arsenais dos revoltados.
Matadores de iguais esforçados.
Gritos, corpos, sangue,
polícias e ladrões.
Políticos discursos e pedidos
de punições.
Televisões, jornais, rádios
e mais aldrabões.
E a pedra, a sofrer
tantas humanas deflagrações.
Virgens e prostitutas.
Canhões e crucifixos.
Espadas e batutas.
Altos e baixos.
Tolos e astutos.
Benfazejos e malfazejos.
Néscios e argutos.
Negações e desejos.
A serem enterrados neste
mundo de complicados prolixos.
Neste inferno, a pedra
vai arrefecendo.
Por todo o lado, tresandam
e acumulam-se os políticos lixos.
Enquanto nauseantes
políticos vapores a vão escurecendo.
Facilitando a vigaristas
o exercício da pulhice.
Alargando as portas à
corrupção e ao ilícito.
Nesta política a criar e
permitir um mundo de vigarice.
Porque o seu exercício, com
o crime, é Implícito.
Neste caos, o actual
político, o topo do fosso vai vencendo.
E lá, do fundo, espezinhando
quem o elege ao político lodaçal.
Em leis que a si, vai ardilosamente
engendrando.
Ao estender do seu criminoso
braçal.
Ao suor do desgraçado que
pela vida batalha.
E nesta política usura,
de abissal assimetria social, nada amealha.
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