GRANDE PORTUGAL. Uma
parte da tua população vive em festa. Mas quantos não comem? Tal é a grandeza
do país. Que chateado e doente de tanta fartura. Vai passar as horas para as
urgências dos hospitais. E para não se sentirem sozinhos nem abandonados, por
lá desesperam entre as maleitas de cada um. Nesta fartura. Passam as horas de
agonia. Alguns, em demanda de tratamento à sua agonizante fartura. Fazem-se
passear de ambulância de aldeia para aldeia. Assim, fartos. Andam tempos e tempos,
a viver com os seus adquiridos males, causados por tão nefasta fartura.
Viva a abundância e as ambulâncias! Viva as terras
que permitem o fecho de postos de saúde.
E como somos um todo
politicamente democrático. Mas, com alguns, apalaçados por força política, em
patamares de regalias e salários de diferença antidemocraticamente abissal.
Vivemos numa ampulheta cujo tempo político, solidificou há criação de pobreza.
Nesta vivência, por medo do maléfico contágio, congratulamo-nos por não vermos
os democráticos políticos. Sentados nas salas de urgência ao doentio convívio
dos fartos hospitais.
GRANDE PORTUGAL, na tua democracia
de política doentia, solidificada na ganância da instituída política oligarquia
de cariz partidário. Hoje, no vazio, sem tempo, nem democrático conceito. A
competir com os cães. Até já HÁ, quem coma do caixote do LIXO.
De mãos erguidas
Por entre
tantas mãos perdidas.
Erguem-se
tantas estendidas
Porque na
terra, ainda são sofridas.
Ao firmamento.
Mãos abandonadas.
Por mãos armadas!
Quanta guerra?
Enuvia o
pensamento.
De quem na
terra
Devia crescer
há vida.
Mãos abertas
há morte.
Garras feitas
há espada e há caneta da dúvida.
No manusear
destas garras, anda o homem à sua sorte.
De mãos ao
seu semelhante, fechadas!
Açambarca o
homem à sua ganância.
Deixando na
terra as suas garras vincadas.
Como marcos
da vivida ignorância.
E porque mãos!
Ainda são somente garras!
Feitas a
vidas acorrentadas.
Longe ainda
distam as amarras.
Que deram
há vida as mãos criadas.
Mãos! Porque
não tendes já movimentos permissíveis?
Se o tempo,
já deu tanta luz a mãos de fraternidade.
Até forças
e saber, para alcançar as mãos invisíveis
Que do todo
da eternidade.
Comandam as
terrenas marionetas.
Que de mãos
a tudo erguidas.
Tentam vencer
as planetárias metas.
Que o saber
vai dando conseguidas.
Consoante o
tempo abre espaço
Por zonas nunca
dantes atingidas.
Neste universal
abraço.
Que se vai
alargando pelo desconhecido.
Abrindo e
fechando mãos.
Até que o
movimento, seja por todos obedecido.
E se abram
a todos de vez as mãos havidas.
Que na
usura vêm entesourando insensíveis.
Ao sofrimento
de outras vidas.
Neste todo de
vidas perecíveis.
Mãos calejadas!
Na liberdade,
oprimidas.
Labutam
escravizadas.
À engorda
da pança dos mandantes.
Porque os mesmos.
Criaram barreiras intransponíveis.
Que nos vão
deixando no tempo, distantes
Dos já por
alguns, que nos mais altos merecidos níveis.
Estendem as
mãos aos seus semelhantes.
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