Perdido já sem encanto
Canto o meu canto
Ajoelhado neste canto.
Choro o perdido Divino
Manto
Enquanto aos Céus os
olhos levanto
Em agonizante pranto.
Erguendo ao Sacrossanto
As minhas súplicas de
desencanto.
Na mão a Cruz levanto
E a Alma agiganto.
Mas de mão cerceada, a
espada não levanto
Nem já, a minha amada
bandeira abrilhanto.
Nem a Lusa defesa
garanto.
Maldito Político inferno
que o Luso povo vergasta.
Em partidária política de
força nefasta.
Neste caos, Portugal já não
lhe tem gente casta.
Na hipocrisia deste antro
que tudo agasta.
Portugal em decadente
abismo do caminho da honra se afasta.
E em miséria, a população
arrasta.
Porque a actual política
corrupção, tudo a si desbasta.
Em caminho de administração
madrasta.
Pedra outrora ao mundo fecundante.
Hoje, a findar gasta
No tumulto de tanta política
orgiasta.
Neste infortúnio, sobe o
descredito, e o tempo, com o passado contrasta.
Portugal acorda! Grita! Que
esta vergonhosa injuria já basta.
De novo, ao sonho das
Cinco Quinas, o teu Povo anima e entusiasta.
Grita por quem nos fez
grande. Nos deu a Portugalidade!
Nos ensinou a festejar a
Pátria com lealdade.
E a honrar construtiva liberdade.
Sempre no respeito pela
universalidade e humanidade.
Portugal! Levanta-te. Não
permitas tanta falsidade.
Tanta comemoração sem
nacional verdade.
Clama por um dia de Portugal
de Lusa realidade.
Por um dia que, aclame
por quem nos deu a nacionalidade e dignidade.
A incutir no povo o respeito
pela passada lusa heroicidade.
E então, fortificado desta
força, trabalhe com honorabilidade
Por mais Portugabilidade
e respeitabilidade.
Para voltarmos a ser povo,
de uma Nação com credibilidade.
No respeito pela universalidade.
A construir e fortificar a nacionalidade.
Infelizmente, numa noite, às escuras. Por graça da ignorância, ficamos todos letrados, todos floridos. Ficamos todos, inexplicavelmente impregnados de ciência política. De analfabetos e prisioneiros do dito fascismo político. Por avidez ou ignorância. Ou por interesse de quem se queria guindar sem préstimo provado às chefias nacionais. Para impor as suas anti democráticas demagogias. (olhai a primeira constituição após o 25 da desgraça. Escarrapachado na mesma, os homens, mostram as suas garras de liberdade) De quem queria governar à custa do produzido por quem trabalhou e trabalha. Na força desse antinacional grito. Passamos no diploma forjado de um grito, a entendidos e ativos políticos. A fazer número nos muitos partidos políticos, que retalharam a nação. Gritante número. Carne a voto. Número e voto causador da actual miséria nacional. Na figura deste número gritante, somos os responsáveis pelo abandono ao bem comum. Somos a força que vai engordando os actuais políticos. Neste malfadado grito. Atraiçoamos os fracos. Abandonamos os pobres e os mais necessitados. Passamos de iluminados com tanta ciência política, a vulgares números gritantes. Mas mudos. A facultar e calar tantos desempregados. Em calamitoso governar de políticas injustiças e sociais assimetrias. Ou será que, nesta democracia, somos simplesmente um número? E pela nossa mesquinhez, ou falta de coragem para melhorar o Pátrio. Abandonamo-lo e negamo-lo. Entregando-o a uma política nefasta que só procura encher pessoal gamela. Política, que em seu interesse nos deixa gritar e falar, como simples números. Mas não nos ouve. Neste numerário mudo gritar. Os políticos, enquanto depauperam a Nação. Vão no nosso mudo grito engordando.
E nós, número a Zé pagante. Agora politizados à desgraça,
que nos vai arruinando com impostos sobre impostos. Vamos perdendo o emprego, o
poder de compra a soberania. Até o respeito por nós próprios. Mas, continuamos
a bater palmas. Talvez como forma de encobrirmos a nossa vergonha e traição. A
nossa cobardia. Assim, a gritar calados, vamo-nos subjugando a este malfadado
jugo político. E porque hoje, culpados já nos sentimos. Ao encobrimento da vergonha,
fantasiamos e apregoamos histórias de imaginários países. Aonde todos vivem mil
maravilhas. Países repletos de jardins. Mera farsa dos candongueiros das políticas.
Que tentam transformar arame farpado em flores.
Inocente sangue, escondido em demagógicas utopias.
Nesta farsa macabra. O planeta, cada vez, está mais só. Segue o seu universal rumo
sem mão, que largue um cibo de pão, aos pobres que estas vigarices e intriguices
vão fazendo. Nesta má sorte, quem nega a mãe, seja ela, boa ou má. Pela certa,
nunca virá a reconhecer os filhos. E aos mesmos, não lhes legará respeitados cemitérios.
Assim, a máquina da lapidação vai enferrujando, por falta de óleo a condigna conduta,
nas actuais faculdades do actual envernizamento.
A fugir de tanto mal, sem académicas parafernálias
literárias. Vou na minha simplicidade, cantando a Portugal. Ao mundo. Ao universo.
Sempre na esperança a uma comunhão mais solidária.
Será que uma pessoa no seu prefeito juízo? Pode
acreditar e ter confiança em políticos. Que só olham para a sua pança. E por
leis artilhadas pelos próprios. Ao enriquecimento dos próprios. As quais, lhes
legalizam rápidas e milionárias reformas. Algumas até vitalícias. Enquanto a
maior parte dos trabalhadores só podem auferir uma. E a tanto, têm que trabalhar
quase até à morte. Vamo-nos deixar de ser hipócritas. E começar a trabalhar a
um Portugal melhor. Vamos deixar de bater palmas a quem não serve a Portugal.
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