Infelizmente, numa noite, levados por cobiçosos
olhos na árvore das patacas. Por tantas fictícias promessas ouvidas. Na graça da
ignorância, ficamos todos letrados, todos floridos. Ficamos todos, por avidez
ou ignorância de analfabetos, inexplicavelmente impregnados de ciência política.
Prisioneiros da dita discricionária e segregativa democracia político. Ou por
interesse de quem se queria guindar sem préstimo provado às chefias nacionais.
Para impor as suas antidemocráticas demagogias. (olhai a primeira constituição
após o 25 da desgraça. Escarrapachado na mesma, os homens, mostram as suas
garras de liberdade, tudo ferrado ao socialismo) De quem queria governar à custa
do produzido por quem trabalhou e trabalha. Na força desse antinacional grito.
Passamos no diploma forjado de um grito, a entendidos e ativos políticos. A fazer
número nos muitos partidos políticos, que retalharam a nação. Gritante número.
Carne a voto. Número e voto causador da actual miséria nacional. Na figura deste
número gritante, somos os responsáveis pelo abandono ao bem comum. Somos a
força que vai engordando os actuais políticos. Neste malfadado grito. Atraiçoamos
os fracos. Abandonamos os pobres e os mais necessitados. Passamos de iluminados
com tanta ciência política, a vulgares números gritantes. Mas mudos. A facultar
e calar tantos desempregados. Em calamitoso governar de políticas injustiças e
sociais assimetrias. Ou será que, nesta democracia, somos simplesmente um número?
E pela nossa mesquinhez, ou falta de coragem para melhorar o Pátrio. Abandonamo-lo
e negamo-lo. Entregando-o a uma política nefasta que só procura encher pessoal
gamela. Política, que em seu interesse nos deixa gritar e falar, como simples números.
Mas não nos ouve. Neste numerário mudo gritar. Os políticos, enquanto depauperam
a Nação. Vão no nosso mudo grito engordando.
E nós, número a Zé pagante. Agora politizados à desgraça,
que nos vai arruinando com impostos sobre impostos. Vamos perdendo o emprego, o
poder de compra a soberania. Até o respeito por nós próprios. Mas, continuamos
a bater palmas. Talvez como forma de encobrirmos a nossa vergonha e traição. A
nossa cobardia. Assim, a gritar calados, vamo-nos subjugando a este malfadado
jugo político. E porque hoje, culpados, já nos sentimos. Ao encobrimento da vergonha,
fantasiamos e apregoamos histórias de imaginários países. Aonde todos vivem mil
maravilhas. Países repletos de jardins. Mera farsa dos candongueiros das políticas.
Que tentam transformar arame farpado em flores.
Inocente sangue, escondido em demagógicas utopias.
Nesta farsa macabra. O planeta, cada vez, está mais só. Segue o seu universal rumo
sem mão, que largue um cibo de pão, aos pobres que estas vigarices e intriguices
vão fazendo. Nesta má sorte, quem nega a mãe, seja ela, boa ou má. Pela certa,
nunca virá a reconhecer os filhos. E aos mesmos, não lhes legará respeitados cemitérios.
Assim, a máquina da lapidação vai enferrujando, por falta de óleo a condigna conduta,
nas actuais faculdades do actual envernizamento.
A fugir de tanto mal, sem académicas parafernálias
literárias. Vou na minha simplicidade, cantando a Portugal. Ao mundo. Ao universo.
Sempre na esperança a uma comunhão mais solidária.
Será que uma pessoa no seu prefeito juízo? Pode
acreditar e ter confiança em políticos. Que só olham para a sua pança. E por
leis artilhadas pelos próprios. Ao enriquecimento dos próprios. As quais, lhes
legalizam rápidas e milionárias reformas. Algumas até vitalícias. Enquanto a maior
parte dos trabalhadores só podem auferir uma. E a tanto, têm que trabalhar quase
até à morte. Vamo-nos deixar de ser hipócritas. E começar a trabalhar a um
Portugal melhor. Vamos deixar de bater palmas a quem não serve a Portugal.
Meu Portugal sempre amado!
Por ti, tanto sangue foi derramado.
Tanto valor alcançado.
Mesmo no perjúrio do cobiçado.
De Guimarães aos confins mais
distantes.
As Cinco Quinas, foram outrora bastantes.
A dar o mundo a todos conhecido.
E mais humanamente merecido.
Mas hoje, Portugal! Traído restas!
Em aplausos de falsas festas.
Gritadas à liberdade.
Em promessas de falsidade.
Por quem sem honra nem dignidade.
Portugal ofendeu.
E cobardemente vendeu.
Portugal! De rumos a todos os horizontes.
Abriste as rotas a todos os navegantes.
Mas hoje! Restas ferido!
Sem honra no mundo perdido.
Embora por muitos ainda querido.
Restas a viver maldita escravidão.
Penosa servidão.
Causada por quem não teve valimento.
Nem humano merecimento.
Mas quer o poder e a política ribalta.
Ao sustento da sua partidária malta.
Sem olhar o todo da Nação.
A mão da união que lhe foi salvação.
Meu Deus! De universal herança.
Não me negues a esperança.
De servir a de outrora rota das Cinco
Quinas.
A um mundo sem tantos perjúrios e humanas
ruínas.
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