Toda e qualquer ideologia,
pode ser maléfica e perniciosa, enquanto o homem comportar esses defeitos. Sem condições
de boa escolha, e conhecimentos a tanto. Impulsionado só, pelas promessas dos
candidatos. Ou pela vontade de mudar a qualquer custo. Enquanto não escolhermos
uma pessoa, com provas sobejamente conhecidas de serviço ao bem comum. E
continuarmos a andar ao toque do que nos vão empurrando. Votar, pode vir a ser
um tiro no escuro. Até porque, podem as promessas,
não refletirem, a vontade e verdade das ideias e do saber proclamado. Uma coisa
é certa, no falar dos candidatos. Quando das discussões ao cadeirão, nenhum é
flor que se cheire. É a conclusão a que se pode chegar, depois de tanta indecorosa
gritaria, de prodigalizados partidários insultos. E a melhor provir, como se
tanto não fosse importante, se esquece a verdadeira questão. Neste caso, Portugal
e a sua População.
O tempo! É a verdade!
O relógio! O espaço de alguma realidade.
Que no seu movimento, vai abrindo o diafragma.
Há expansividade da cósmica magma.
Com o espaço tempo, como marcador da idade.
Do magma do todo da universalidade.
Chave de cada passo ao crescimento.
Éter do movimento.
A suave brisa, ou ao rugir de tormentosas
tempestades.
Vivendo a rasgar o espaço a todas as idades.
Com ventos de loucura, ou de amenas caricias.
Que extinguem ou incendeiam humanas vindícias.
Num fomentar de desumanas acutilâncias.
Muitas vezes, instituídas em legalizadas
políticas astúcias.
Gritadas aos alforges das políticas argúcias.
Que vão negando há humanidade, naturais
valências.
E planetárias abundâncias.
Tempo, que ao todo será sentença.
Porque o todo. Do todo é pertença.
Neste garimpar de espaço.
De tempo, ao universal abraço.
A abrir mais tempo, ao de sempre, cósmico
deflagrar.
Até ao verter da ampulheta de novo reintegrar.
Neste todo de universal diversidade.
Vai correndo o tempo, pelos portais da
temporalidade.
Dando a cada um, o seu espaço e personalidade.
Muitas vezes, vilipendiada em criminosas
vindictas.
Perpetradas na força de políticas
abjectas.
Mas a vida, é vivida, em fusos de muitas
rocas.
A cair no tempo, por entre miseráveis
cavernas e tocas.
Ou à sumptuosidade das mansões palacianas.
Ao todo de vidas, espartanas ou levianas.
Mas não há ao tempo, filtros nem persianas.
O caminho, tempo, deixa sempre, e ao todo,
as suas rugas.
O mapa do tempo, não permite fugas.
Mas cada qual, com o tempo, adquire o
seu parecer.
Umas vezes, ingenuamente. E outras, a
mais querer vencer.
Num correr de ideais e ideias.
Emaranhadas em constantes e diversificadas
teias.
Todo o ser, com o tempo corre.
Com o tempo morre!
A este, pertencer. Eu serrazino que
chove no meu quintal!
Enquanto o vento, sopra do quadrante
oriental.
Ou será do quadrante ocidental?
Conhecerei eu o Norte?
Há horas de sorte!
Neste continuar do semear de bombas, pelos
predadores.
Que de tempos, a tempos, querem ser do
mundo senhores.
Mas nem sempre, o ideológico chicote.
É da mente boicote.
A dilacerar o corpo desprotegido.
Que há mente não é fingido.
Nem pela política cobiça foi atingido.
Na força da política perversidade.
Enquanto o tempo, corre à nefasta governabilidade.
Neste mundo, de luz e obscuridade.
Quantas confusões? Entram no emaranhado
das observações?
Causando desnecessárias complicações.
Porque o aprendido, é cerceado às planetárias
populações.
Muitas vezes, é guardado a caricatas revoluções.
Mas assim, o mundo rola, com cegos a ver,
o que muitos não enxergam.
Em maléficos olhares, que a gamela própria,
o tempo postergam.
No correr dos tempos.
Por entre vales e montes. Áridos e floridos
campos.
Quanta ignorância nega fertilidade.
Cerceando o tempo, ao todo de um oásis
de felicidade.
A tanto, há quem diga, que por cima da
densa floresta.
Que o vento movimenta em verdejante festa.
As nuvens, todo céu infesta.
Mas de lá! Afiançam! Que não chove no
matagal.
Mas na corda, não seca o bragal.
No entanto, no meu quintal! Metido no
centro do arvoredo.
Chove que mete medo.
E sobre a seca relva.
Desta fechada selva.
Agoniza faminto.
O corpo de fome que eu consinto.
Metamorfoseando a selva de cimento.
Em lodaçal sem sentimento.
Tempo, do meu corpo, lágrimas brotam,
e o olhar me tolhe.
Enquanto o tempo, me leva pelo espaço,
e a morte me escolhe.
Quem sabe, se meu ser mente?
Aliviando a minha criativa mente.
Ou na selva, palaciana, demanda por sustento.
Aos que, por entre as persianas, do seu
cego valimento.
Na sua cegueira, as leis postergam, e
ao pobre negam alimento.
Eu, ainda não sou senhor da ubiquidade.
E pequena é a minha herdade.
Fustigada pela selva, que come a minha
propriedade.
A minha verdade, é como a chuva. Aqui
cai! Ali! Nem se vislumbra.
Amanhã! Quem sabe, se tudo se transforma?
E com o relógio se conforma.
Entre tantas possíveis transmutações.
O tempo, vai abrindo a sebenta de novas
lições.
Os saberes de selváticos olhares, são
de interesseira penumbra.
E tanta é a malfazeja sombra.
Que nem do relógio, tenho pertença.
Nem mantendo a crença.
De a chuva fazer aparecer.
O espaço, ainda não me deu tanto merecer.
A palaciana selva, tudo arrasta em maldade.
Em criminosa cegueira e rivalidade.
Político relógio, sem humana moralidade.
O qual, na sua cegueira, só bate horas
de crueldade.
E vai demolindo a esteira do crescimento.
Travando o desbravar de mais valimento.
Neste tic-tác de humano esquecimento.
Fomenta a humana discordância.
No tiquetaquear de voraz ganância.
Mas eu, senhor da minha verdade, continuo
teimando.
Que o relógio, já devia ser a todos.
Continuo sonhando.
Dado a diferente afirmação, estado, estar,
parecer e estabelecer.
E ao tempo obedecer.
Neste universo profundo.
Eu corro a melhor mundo.
No incognoscível caminho do relógio planetário.
O qual, em humano nevoeiro, Tic-táca,
sem um todo solidário.
Num correr, que não é ao todo humanitário.
Neste correr, ao crescimento. Qual será
a sua importância?
O verão e o inverno, não estão sempre
à mesma distância?
Ou tudo gira, sem regulada constância?
Uma vez, de um jeito. Outra, de modo diferente.
Até porque agora! O sol! Rompe o meu
horizonte.
Não tarda, iluminará a minha fronte.
Mas, os outros teimosos, da sua verdade,
obstinam-se.
E ao verem a lua empertigam-se.
Objectando com a sua legitimidade.
Ou quem sabe, por leviandade?
Inventam vazios, entre mundos de vida.
Que ao todo do universo é devida.
Ou por ignorância de macambúzios.
A fazer dos ramos das arvores trapézios.
Vão ainda saltitando as suas macacadas.
Sem horas tocadas.
Por falta de pinha? No relógio dourado.
Que ao suor de outro foi roubado.
Enquanto o espaço, gira. E o tempo já
é distante.
Ao acordar, abri a porta e num repente.
Curioso! No meu quintal, o sol brilha
abrasante.
O tiquetaquear do relógio, faz eco pelo
distante.
Mas, para lá do matagal, dizem que a chuva,
cai abundante.
Aonde fica a autenticidade?
Ou ao olhar de cada ser, é dada diferente
realidade?
Em virtude do espaço a si temporizado.
Na idade do tempo conhecido.
Que muito ser dá por adormecido.
Neste crescer de ambiguidades.
Entre tantas possibilidades.
Deitado ao tempo de corpo dormente.
Caminho temente.
Enquanto no meu inconsciente, formas entrelaçam-se
E inexplicavelmente animam-se.
E para lá das pálpebras cerradas, difuso
a imortalidade.
O todo da universalidade
O poder inebriante.
O azul acariciante.
De quem caminha, para além do tempo presente.
E entra no tempo que sentia, mas não
conhecia.
Mas ao correr do tempo, obedecia.
No acompanhar de firmamento unissonante.
Que de forma integrada e constante.
Marca o tempo da universal veracidade
E tranquilidade.
Ao aperfeiçoar do desejado.
Tantas vezes invejado.
E quantas vezes, em humana ignorância
ultrajado.
Mas mesmo assim, ao feito na terra, tic-tac
ao realizado.
Em constante tic-taquer a mais concretizado.
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