Aonde restas Portugal? Endividado, e na força das dividas a perder soberania. No teu retângulo continental. Mas com tantos, ou
mais assalariados ao governo. Até mesmo de quando, a tua respeitada bandeira,
era hasteada por todo o planeta. Hoje, em constante esmolar, com tanta gente a
propagandear pareceres e dizeres. Mas sem feitos nem construtivos afazeres. Mas
sempre a atirarem ao ar! Pois tudo fica na mesma, sem que ninguém de sinais de
ofendido, constantes políticas denuncias de político, para político. Mas assim,
como não se veem ofendidos, também não se vê, ferro nem cimento a boa obra. Só
ditos, sem projetos, meras divagações, que vão arruinando Portugal. E cavando
cada vez mais fundo o já abissal o fosso social.
Portuguesas! Portugueses!
Ou para outras quaisquer hipóteses.
Pois para todas, arregimento paleio.
E para qualquer das muitas bandoleio.
Desde que, encha os meus alforges, com
o vil metal.
Mesmo que o meu discursar, seja a Portugal
letal.
E vos digo, do fundo do meu coração.
Em sentida oração.
Não estou aqui, para enganar ninguém.
Mas sim! Para tratar do que me convém!
E a tanto! Digo e repito!
Do alto do meu político púlpito.
O que eu disse! Não foi o que compreenderam.
Eu disse! O que não entenderam.
Aliás, até nem sei, se cheguei a
falar.
Eu até sou de calar.
Mas se disse! Não foi o que eu cria que
entendessem.
Eu disse! O que queria, que não compreendessem.
Até porque, a confusão! É que me dá o
sustento.
E só para tanto, eu tenho talento.
Em poliportuguês. Falo para não ser entendido.
Para poder mudar de casaca, quando me
vir arrependido.
Cansado da cor do meu partido.
Para assim, bambolear a qualquer político
sentido.
Enfim! Dissesse? O que dissesse! Até podia
ter ficado calado.
Ou será que disse alguma coisa? Já estou
a ficar ralado.
Com o chover de perguntas de todo o lado.
Mas como não estou, cá nessa condição.
Não respondo a essa inquirição.
Hoje, só falo, ao alargar de outro tacho.
Será que sou? Um democrata facho?
Pelo menos, ocupo vários cargos.
Mas todos, sem pessoais responsáveis encargos!
No entanto, todos pagos chorudamente.
Porque eu, não sou do povo. Sou administrativa
gente.
E com quatro larachas, logo sou reformado,
e de forma vitalícia.
Como este povo é calado. E autoriza esta
política malícia.
Este conluiado de política astucia.
Permitido porque o povo, vive no jugo,
da sua estultícia.
E assim, ao engendrar desta militância.
Lá vou eu, a mais um comício ajantarado.
E como me engasguei, com as lagostas,
falo irado.
Nesta terra dos subentendidos.
Caídos de ditos perdidos.
No cemitério dos incompreendidos.
Mortos de mal-entendidos.
Em desculpas esfarrapadas
Às ditas trapalhadas.
Em discurso verberado.
E até gritado.
Na eloquência do estadista.
Que em políportuguês malabarista.
Faz do português, uma língua incompreendida.
E de Camões, uma odisseia perdida.
No actual políportuguês falado.
Para o político estrelado.
Que logo divide o mesmo falatório.
Consoante o seu político repertório.
E no interesse do seu partido.
Logo lhe dá, o seu interesseiro sentido.
Atualmente, nesta infecunda verborreia.
De intelectual ou interesseira diarreia.
Assassina-se a eloquência.
Envergonha-se a portuguesa decência.
No disse? Que não disse!
Ou talvez dissesse? Ou omitisse?
Mas mesmo que tivesse dito.
Há tanto dito, que é desdito.
E porque creio, que não ouvi
Nem me comovi.
E como não vi. Não acredito.
São Tomé já o tinha dito.
E porque o que digo, não oiço
Ao meu tacho, o poliportugês baloiço.
Ao compasso do actual politicamente desbaratar.
E a Nação maltratar.
Nesta política penúria, cala-se a Lusa
facúndia
Que antanho, era compreendida, desde o
continente à Índia.
Comentários
Enviar um comentário