Em Portugal, muito longe ainda de se conhecerem
democratas, gritou-se democracia. Mas de pois do grito, o vivido, obriga-nos a
confirmar que para muito mais longe nos distanciamos. Por onde andarão os
democratas? No parlamento, depois do
grito, devia ser ela, a gritada democracia respeitada e concretizada! Mas quem
lá está sentado. Para eles, como se a democracia fosse o estandarte das
diferenças, logo em ditatorial endeusamento, autoriza-se para os políticos,
rápidas e vitalícias reformas. Autoriza-se, cantina bem recheada. Mas na deles
democracia. Para as populações, são uns unas de fome. A toga das impostas facciosas
diferenças.
E a mais diferenças ainda dizem: o povo! É quem mais
ordena! Mas a maior parte dos deputados, São para o povo totalmente desconhecidos.
Muitos, nem são da zona de residência pela qual são eleitos. Esperto feito a brutal
manancial de ajudas de custo a deslocações. Paga Zé pagante! Da tua miséria.
Ordena o cheque e o voto. Olha que os votados, ainda te vão deixando algumas migalhas
dos bolos, que tu lhes vais pagando. Na sonolência do teu esquecimento Pátrio.
Paga Zé votante. Em democracia as migalhas são sustento, mais que suficiente para
ti. Serão o farnel bastante, a dar-te forças, a trabalhares para as mais rápidas
pensões vitalícias. Vai Zé pagante! Não sejas unhas de fome, continua a pagar e
a caminhar para o voto, que te tem levado a viver nesta irracional desigualdade,
neste fosso de social carência.
Sou um ser em constante diligência.
Mas ainda, comungo humana violência.
Sou ainda sombra, a vivente inteligência.
Na esperteza da experiência.
Caminho a mais vivência.
Sempre a requerer indulgência.
Em universal constante obediência.
No entanto, ainda longe da universal
plena abrangência.
Caminho ao encontro de mais humana ciência.
De mais terrena consciência.
No Divino e efémero espaço.
Circunscrito aos erros do meu humano embaraço.
Caminho à ascensão de novo pedaço.
E ao universal, suplico por mais humano
laço.
Neste querer ao sublime, guindo o meu
enlaço.
Crente em merecer, universal regaço.
Assim, vivo de terreno corpo, em universal
abraço.
Na simbiose de comum crescimento.
Em mais um corpóreo envolvimento.
Neste crescer, a idade, me outorgue o
ensinamento.
De fruir e servir cada momento.
Até ao fim do terreno lamento.
Neste planetário prosseguimento.
A um todo de universal merecimento
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