De vez em quando, lá correm, os de hoje assalariados
políticos a honrar as tradições das janeiras. Como se não houvesse outras, aos
interesses das tretas de hoje, vergonhosamente esquecidas, e outras que até
querem apagar da honrosa história de Portugal. Como se Portugal, fosse somente cantado folclore.
Músicas pimba a apalhaçar as políticas arruadas. Chouriças penduradas em fumeiro.
E pedintes a cantar a enchidos. Para esquecer os pedintes que gritam por trabalho.
Que gritam por uma documentação atempada. Que gritam por uma justiça mais Célere
e a todos. Que gritam por uma saúde sem tanta e vergonhosa espera. Que vai
levando Portugal ao atual vergonhoso e
miserável patíbulo abrilesco. Que aos
seus quereres, depois de tanta gente terem abandonado, nos reduziram ao retângulo
continental, muitos anos antes, por soldados mais valorosos e leais conseguido.
E sem problemas de pré, nem a mesquinhez da equiparação, sempre lutaram na
defesa da população e Pátria. Pátria que fizeram grande, ao ponto, de darem
mundo ao mundo. Pátria, que criava os seus filhos, no seguimento das tradições
de seus egrégios. E assim, no Ultramar lutaram com heroísmo. Até que apareceu
um sábio, um qualquer cartografo ou antropólogo, conectado com satanás a dizer
que ultramar não era nosso. Mas fomos nós que lá chegamos, fomos nós que dobramos
o cabo das Tormentas. Que passou a ser conhecido por Cabo da Boa Esperança.
Depois de Portugal mostrar o Mundo ao Mundo. Isto sim, são factos a festejar.
Não entendo qual o atual medo de tão honrosos feitos, quererem esconder e
calar. A tanto, temos hoje que chorar os valentes soldados que nos fizeram grandes.
E aqueles que, com honra, na farda de D. Afonso Henriques, nos defenderam. Por onde
andaram hoje, homens à Nobre Espada de D. Afonso Henriques? Homens à Pátria! Homens
que sempre defenderam o chão Pátrio. Homens que tragam com verdade, liberdade, justiça
e igualdade social a um melhor provir a Portugal.
Ferro outrora batido.
No tempo fundido.
Ferro pensado e trabalhado.
Idealizado tal âncora.
Alguma de madeira seu cepo.
Ajuda na força.
Suaviza seu bruto bater.
No bater da tempestade.
Segura no fundo. Segura a Nau.
Quando forte e sábia é a liberdade
Do seu braço.
E meus ombros, de teus braços.
Seguram o mérito das honras.
Que, a miserável tença, alguma gente nega.
Enquanto vai comendo
O que resta do teu braço.
De tanto comerem. Sem nada darem.
Nem valores mostrarem.
Já é curta a amarra.
E pequena a minha Nau.
Mas grande a vala comum
De errantes cadáveres nus.
Em meus lábios tristes, vincam-se ritos
de amargura.
Tal cadáver adiado.
No saber quartéis vazios
De fardas desta Nau.
Universidades. Cátedras. Sem lentes.
Ao calar da inteligência, para avivar
a esperteza.
Nas torres da incerteza.
Licenciaturas de transmutação
A vulgar pedra. A lastro de outras naus.
Em doutoramentos de outras causas.
Feitos ao compadrio de ideologias.
Berradas a políticas orgias.
Nesta injúria, não há mais terra com
pão.
Os campos outrora férteis.
São hoje áridos nos mercados.
Secaram os rios e as fontes.
No maléfico de tanta política sem norte.
E sem rumo, a alargar o cálice da morte.
Neste descalabro florescem os media.
Em grotescos espectáculos
De marionetas.
Sem razão. No exercício.
Das letras ou vozes sem função.
À treta difundida.
A qual, não é notícia nem informação.
É arranjo de aflição!
É emprego de quem também come
Ou quartel de mandante.
Não tem isenção.
Não expressa a verdade.
É mercado de ideologia e apatia.
Vive do ferro, da voz e das letras, em
éter cego.
Esfarrapando a bandeira na tempestade
Dos seus ventos.
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