Retirai-me desta atual insanidade. Desta encoberta
escravatura. Deste mundo de vil política. Deste planeta sem armas nem crença espiritual,
que seja ao todo do planeta. Desta farsa que vai secando a raiz da humanidade,
para desfrutar do seu político Carnaval. Deixai-me sonhar com o mar. Com as Caravelas
da Cruz de Cristo a navegar ao mundo. Com Portugal de Homens outros a dar mundo
ao mundo para lá do longínquo. Com o Padrão de Portugal erguido além-mar.
Porque o Adamastor foi vencido. Com todos os continentes a falarem Português. Deixai-me
sonhar, até ao dia de uma Abrilada de benéfica viragem, que traga Portugal de novo
ao merecido valor e respeito.
Lembranças, em acordar de memórias.
Umas, confrangedoras, outras
inglórias.
Neste aglomerar de costumes
e rituais.
Ao encontro de fluidos espirituais.
Ou de ouros a abastança.
Mesmo que finde em brutal
matança.
Ao tanto de tantos
creres.
E ganância de poderes.
Quantas festivas tradições.
E malditas traições.
A elevar, ou desrespeitar
o passado.
Por tantas bífidas
línguas devassado.
Futuro incógnito, ainda encoberto.
Por tanto empírico, ficticiamente
descoberto.
Mundo de cemitérios.
Profanados necrotérios.
À descoberta dos universais
mistérios.
Curso de tantas sepulturas.
Nesta vida de infindas loucuras.
Que à criança nascente.
Abre o tempo do espaço crescente.
Enquanto brota a inteligência.
Intelecto em convergência.
Há humana universal abrangência.
Enquanto o tempo, vai destruindo
e construindo.
E o homem, chorando e rindo.
Desde menino a velho.
Universal espelho.
A gritar ao saber da global
universalidade.
Da necessidade de mais fraternidade.
Que acompanhe o crescer.
A universal nascer.
Ainda na incógnita da
origem
Desta planetária viagem.
Sempre às portas de mais
crescimento.
Mas ainda, sem ser a universal
sentimento.
Neste viver de afinidades.
E incongruentes futilidades.
Futuro de passada, provecta
existência.
Em presente de desrespeitosa
vivência.
Quanta antecedente valência
Me elevaram a este pedestal
de moralidade.
Ou me adestrar, na memória
da delinquente maldade.
Tempo, o corpo, com a morte.
Aniquilas e glorificas.
No constante viver que edificas.
Memória de lágrimas e alegrias.
Neste viver de alegorias.
Que ao amigo, ou inimigo morto,
expurga seus pecados.
E o eleva em infindáveis predicados.
Emocional recordação.
De quem olha o passado com
o coração.
Sem a maldição do egoísmo.
Nem o ferro do antagonismo.
Memória de seculares, vividas
rivalidades.
Neste sonhar de espiritualidades.
Outorgador da vida ao corpóreo
esqueleto.
Ainda animado no supersticioso
amuleto.
Em continuado correr à fronteira
do desconhecido.
Mas muito longe, de ter merecido
o tempo vencido.
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