Por mais que vamos, de livre vontade ou forçados,
muitas vezes no silvo do chicote, a endeusar alguns. Incapazes de mais, giramos
pelo universo há bolina da sua força. E porque ainda, não atingimos espaço de
mais saber. Vamos girando, ao viver do universo. Enquanto o todo; vai formatando ao todo, forças
e formas variantes. Consoante o tempo e o espaço se vai abrindo. Assim, na força
deste girar. De desconhecido rumo e metamorfoses das espécies que vai originando.
Assim como das formas surgentes há sua sustentabilidade. Nesta incógnita, na deriva
da de todos bolina, reza cada seita ao seu Supremo Deus. Enquanto vai aplaudindo
ou lutando contra os seus terrenos endeusados. Porque ainda, só é, o que é,
mais ou menos envernizada ou bestializada a espécie tida por humana, no planeta
Terra. A qual, no saber que vai formatando, consoante o aproveitamento ou
adormecimento há corrente da deriva. Nesta dependência e porque ainda não se
soube encontrar, a maior parte do seu tempo, tem-no vindo a viver abruptamente.
Sem respeitar o que vai discernindo, a um possível melhor viver com o que tem, na
sua forma e espaço presente. Se o universo, assim não fosse! Morto era o mundo.
E o homem não sonhava.
Do saber apeado
E pelo saber cerceado.
Caminho no descontentamento.
Do actual político pernicioso
estabelecimento.
Sem bagagem, por entre a
política vadiagem e sacanagem.
Sigo a minha encurralada viagem.
Caminhando ao sublime eterno.
Neste terreno inferno.
Aonde o douto não é fraterno.
Nem sábio, de doar o seu saber
pela humanidade.
Nesta ainda tão desconhecida
comum universalidade.
Do ígneo ao nada
Estagna finada
Esta terrena vida danada.
Negra faculdade.
Sem humano préstimo e humana
sensibilidade.
Não há leite em tua cabra.
As actuais sebentas; deram-na
espúria e macabra.
Lá do alto da torre, berra
envergonhada.
Sem pasto! Em podre cimento
aninhada.
Já não és à humanidade. Passaste
ao lodo do sistema.
Capa de negro anátema.
Saber danado.
Causativo de tanto finado.
Por ti! Do corpo desirmanado.
Resto na fome, semimorto e
abandonado.
Abjecto erudito.
Corrompes em teu dito
Tudo quanto é bendito.
Negro de capa e espírito.
A causar lamuriante e triste
grito.
Teu canudo são garras espúrias.
De infindas humanas lamurias.
Canetas de escritas gananciosas.
Eruditos de vozes perniciosas.
Sempre a engendrarem populacionais
discórdias.
Por entre políticas partidárias
balbúrdias.
Para encherem a pança. E amealharem
fortunas
Ao jugo de movediças políticas
dunas.
De ti, toda a gente se amedronta
Ilustrada afronta.
Nem um relógio, sabes
respeitar.
Ao horário de quem tem de
trabalhar.
Mal a cabra te berra o canudo
da sapiência.
Logo berras, a tua contida
ganância.
A corre de canudo na mão,
ao público erário.
Encanudado mercenário.
Ao hemiciclo assalariado
És um inútil viciado.
Fingidamente irado.
Aprendeste em viperina sebenta.
Tua espúria conduta sedenta.
Na falta de pasto, tornaste-te
agoirenta.
Nas letras. Perdeste o amor
e o humano calor.
Dormes com Satanás, teu letrado
valor.
Há humanidade és um pavor.
Sem interesse, não sedes a
um humano favor.
Por mais que chore a criança.
Sem sustento nem esperança.
Nefando político doutorado
Trazes o mundo amargurado.
Não passas de um doutorado,
analfabeto e despótico.
À humanidade não és pórtico.
Desgraçado humano
Letrado tirano.
Só de ti és ufano.
Capa negra e doentia.
Não tens nenhuma serventia
Teu saber é só desgraça.
É fome, que contigo graça.
És do saber a decadência.
És o retrocesso da existência.
O tempo, alarga o saber e
a ciência.
À humana evolução e vivência.
Mas tu, negra capa, de fatídica
demagogia.
Na força de um canudo sem
deontologia.
Atrasas a humanidade.
À sua universal continuidade.
Grito negro de orgia.
Povo sem divina liturgia.
Mundo de amargura.
Em blasfémia letrada encapada
ditadura
Nesta fome, hoje, já não
encalho em caminho de pedra dura.
Mas sim, em corpo de fome,
por ti! À morte largado.
Pela tua capa de político
letrado.
Capa de mentecapta escravatura.
És humana impostura.
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