Entre os que têm uma verdade, e nela acreditam. E
os que mentem, pela verdade que querem acreditar e fazer os outros acreditar. Ou os
que deturpam. Ou até, aqueles que, ao interesse de alguns, são forçados a
cantarolar o que lhes convém, seja verdade ou mentira. Neste todo de
incertezas, como é possível que haja tantos oportunistas, que por mísero prato
de feijões, dizem mal de ontem. Ou bem, do que não conhecem. Só para andarem nesta
ribalta de mascarados. De vendilhões de uma qualquer falseada verdade. Dos mesquinhos
e complexos disse, que disse. Dos políticos que com ares de grande conhecimento,
sobre casos que por um motivo ou por outro, acontecem no palco político. Logo correm
a dizer: eu há muito, que já tinham dito. Mas não me escutaram. Mas quando eram
governo, nada fizeram. A não ser ajudar a que Portugal se afundasse em dividas.
E vergonhosamente, caísse na mão dos agiotas. E dos disse que disse. E dos tantos
oportunistas, que batem palmas, a qualquer prato de feijão. Sem medirem o tempo,
que sempre vai viajando a mais conhecimento. Mas muitas vezes perdido na pólvora
da mentira e falsas habilidades.
Mascarado para a farsa altruísta.
No mel, me lambuzei, como
político oportunista.
Mas ao ver instituída por
mim tanta desgraça.
Sozinho, choro a minha raça.
Enquanto sonho, com fuzilamento
em disforme paredão.
A Deus Imploro o meu perdão.
Consciência! Deixa-me só!
Para o meu eu cantar.
E para o meu interior gritar.
Esta farsa, que me vai enchendo
a gamela.
E na incontrolável remela
Que da Alma me chega à vista
De forma imprevista.
Deixa-me cegar!
Para continuar a mentir, e
o brioso passado negar.
Em interior dor sem conscencioso
legar.
Deixa-me cantar!
E falsamente gritar.
Por um floreado canudo de
falseados prometimentos.
Sem quaisquer sociais valimentos.
Mas farto a milionários políticos,
instituídos vencimentos.
Legalizados num florido,
conluiado de associação criminosa.
Que de forma partidária, danosa
e manhosa.
Fomenta gravíssimas sociais
assimetrias.
E nega a Portugal, passadas
briosas honrarias.
Deixa-me cantar!
E só para mim, vergonhosamente
gritar.
Toda esta minha hipocrisia.
Viver esta nacional acinesia.
Pois não passo de um trovador,
feito a qualquer vento.
Em demanda de fácil sustento.
Sou um palhaço! Um falhado!
Que canto a qualquer revolução.
Mesmo que leve o povo, a miserável
condenação.
E se o vento mudar o eco,
logo eu, mudo a minha canção.
E consoante as novas dos
canudos de aço, será a minha intervenção.
Deixa-me cantar!
E sem me denunciar, ao meu
interior gritar.
A tanta oportunista política
palhaçada
Que pelo mundo caminha disfarçada.
A gozar de passada herança.
E conluiada ao jugo dos canudos
vai enchendo a pança.
Do que é roubado, do parco
cibo do esforçado.
Que a Portugal, não caminha
embuçado.
E altivo respeita o passado,
que por Portugal foi alcançado.
Deixa-me cantar!
E à consciência, na ganância
adormecido gritar.
Que a ganância da minha pança,
nega-me a moralidade.
Mas como sou, tudo barriga,
que se dane a nacionalidade.
O florido circo, por alguém
foi montado.
A um sistema administrativo
só a si prestado.
E sem qualquer sentido de
estado.
Em promiscua política oligarquia,
vai-se revezando.
E sem consciência, do que
vai perdendo.
Ao povo, ao todo gritante! Portugal vai negando.
Deixa-me cantar!
E até para mim, falsamente
gritar.
Há minha gamela. Na TV vou
mentindo.
E o ser do meu interior omitindo.
Em couraça de mentiras vou
destruindo
Os trovadores da verdade.
Camões e a Lusa realidade
O todo da Portugalidade.
Que em pano branco navegou
pela planetária universalidade.
Deixa-me cantar.
E de consciente atormentado
gritar.
Reconheço que por ganância,
sou um político mentiroso.
Mas vencível! Como outrora
foi o Adamastor tormentoso.
Nada do que canto, vem do
meu pertencer honroso.
Mas sim! Do cobarde medo de
corpo sofrido.
Por falta de coragem de gritar,
que cano de aço florido.
Foi porta a mercado de agiota.
Espinhoso jardim antipatriota.
Deixa-me cantar
Agora rico, mas desiludido,
ao meu ser gritar.
Só digo mal de ontem, e de
quem a Portugal sempre defendeu.
E por Portugal sempre empreendeu.
Porque não tenho vergonha,
e por fácil gamela, perdi a dignidade.
Perdi a Alma da Lusitanidade.
Abjurei egrégios honrados
Que outrora, nos fizeram grandes
e respeitados.
Erguendo o nosso Padrão, para
lá dos mares nunca dantes navegados.
A Gritarem Portugal
A um todo Universal
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