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Nesta incompreensível e continuada, maldizente disputa de políticos e partidos. Vive Portugal, como nunca, ruinoso político descalabro. Até eles próprios, do alto das suas muitas benesses, se adjetivam como geringonça. É triste e vergonhoso menosprezar-se assim, o que deve ser respeitado. E porque melhoras, não se veem por cá. Nem pelas Áfricas, por nós abandonadas, se vislumbram melhoras. É caso para dizer: muitas vezes as promessas não passam de tábuas para o ataúde. Neste infortúnio, perscruto o mundo e procuro: Que mal fizemos? Para assim sermos tão castigados! Será que cedo de mais abandonamos o giz e a lousa. E ainda mal preparados, longe de saber verdadeiramente o que é o parafuso. Devido ao ruido de tudo levar à martelada. A bordejar as fronteiras dos binários, com alguns rasgos da quântica do vazio. Ao facilitismo, sem analisar as sociais consequências, logo nos enfeitiçados pelo computador. Esquecendo o anteriormente aprendido. Os valores do bem, os deveres e a obrigação de respeitar o próximo, justiça, honra, dignidade e juramentos. Algum suor também. Assim como caímos no engodo do prometido rebuçado, embrulhado nas políticas cantilenas da abrilada. A ofertar grandeza, liberdade e igualdade. Rebuçado, que ainda não foi desembrulhado. Talvez porque, tanta bazofiada promessa, e tanto tecnológico progresso, sem o verdadeiro conhecimento das necessidades do planeta e da sua vida, tenha secado as searas do pão. Na ferrugem de tanta maquinaria. Grande parte da mesma, ao sustento da vaidade, ou a polivalência da ignorância, ou quem sabe ao extermínio de algumas profissões. Tais como telefones, que para mais rapidamente serem  vendidos, são apresentados não pela sua facilidade de comunicação, mas sim, pela sua possibilidade de tirar fotos.   

Nos últimos anos da monarquia.

Vivida em política completa anarquia.

Os homens, lutam por uma força salvadora.

Que desse há Pátria uma política criadora.

E assim, a república floresce.

E à sua implantação cresce.

E a cinco de Outubro de 1910, é por Portugal vitoriada.

Pelo povo alegremente cantada.

O qual, pedia uma vida mais reconhecida.

E humanamente merecida.

O lema era instrução e igualdade.

Em gritos de liberdade.

Mas tantas eram as ideias.

E tantas as políticas teias.

Que os governos se sucediam.

Em  causas que se  perdiam.

Por entre alguns espasmos de crescimento.

Que brotavam do político tormento.

As tropas amotinavam-se.

Ou gladiavam-se.

De todos os políticos sectores.

Gritavam oradores.

E contra o governo, ma fé, tudo se urdia.

Sem ninguém ver, o que Portugal perdia.

O povo esfomeado.

Via-se nesta política teia enleado.

Sem governos capazes, faliam as finanças.

Gorando as portuguesas republicanas esperanças.

Muitas nações, dos nossos bens golosas.

Tentavam açambarcar as nossas fronteiras.

Quase se perdia o Ultramar.

Desta Nação, outrora aberta ao mar.

Que deu mundo ao mundo.

Ao navegar sem medo o mar profundo.

Até que foram chamar o Salazar.

Para pôr cobro a tanto mal fazer e azar.

Este estadista!

Talvez de Portugal o político mais altruísta.

Agarrou forte no nacional timão.

E como se de ferro, fosse a sua mão.

Formou nacional e couraçado governo.

Mas livrou Portugal, de nefasto inferno.

Às finanças deu valimento.

Ao povo vencimento.

Nem tudo eram rosas. Mas nem tudo eram cravos.

E os agravos!

Eram poucos, comparados com a felicidade.

Do continuado crescer à universalidade.

Embora com muita gente, ainda a viver de esmolas.

Nunca em Portugal se abriram tantas escolas.

Liceus, Ensinos industriais e comerciais.

A dar à juventude mais valências.

Como nunca, à república se deu seguimento.

E tentou-se alastrar o ensinamento.

Nunca Portugal, foi mundialmente tão respeitado.

Dada à honradez e força do seu governo e Estado.

De todo o lado, vinham ilustres visitantes.

Rainhas, Xás, Ministros e Presidentes de Nações importantes.

Mas nem sempre, o mundo, procura políticas de estabilidade.

Que reforcem a legalidade e a nacional moralidade.

Em universal criatividade.

A qual, em Portugal, se ia construindo.

E instruindo.

E nas possibilidades do tempo, concretizando.

Ao todo que a melhor, mundo se ia realizando.

O Tejo, era um vai e vem de embarcações.

A fervilhar de internacionais transações.

Nas aldeias corriam crianças.

Há verde e rubra republicana bandeira, davam esperanças.

Infelizmente, há sempre inveja e política ganância.

A minar a política decência.

Assim, nasce a abrilada. A criar novo republicano florescimento.

Mas infelizmente, foi uma cilada a enfraquecer o crescimento.

Foi falsa liberdade. E em traiçoeira liberdade, não floresceu.

Nem socialmente cresceu.

Ao todo da nacionalidade.

E com o tempo, mais vai acentuando a social disparidade.

Em abissal fosso de assimetrias sociais.

Criadas na força de políticas incongruentes e irracionais.

Que Tudo prometeu ao povo que delirava.

E contente, com vivas rejubilava.

Mas a festa, não floresceu ao nacional melhoramento.

O argumento, não era de cabal valimento.

Foi o abrir de portas a uma política vingativa.

Sem qualquer política forma administrativa.

Foi o reabrir de barricadas.

O recolocar de novos nomes nas fachadas.

O fomentar de saneamentos.

O carpir dos verdadeiros republicanos sentimentos.

Foi o caos e a desordem a fomentar a descolonização.

Em completo atraiçoar da Nação.

Criminoso negar do direito das populações.

O levar a um total desacreditar das instituições.

A nação, em lastimoso lamento.

Tomba em sofrimento.

Tantas são as políticas ciladas.

Das continuadas políticas palhaçadas.

Num total abrir de portas a corrupções.

E humanas violações.

Que os pobres asfixiam e limitam.

Nas manobras que as leis aos facilitam.

A comparsas e sues maiorais.

E não aos comuns interesses nacionais.

Chega de prometimentos.

De falsos juramentos.

República! Abre os teus fraternos braços.

A abranger a Nação em teus abraços.

Não deixes que sejam só os políticos a comer do semeado.

Que por braços do passado foi para a Nação criado.

República institucionaliza a igualdade.

E então, República! Grita enfim liberdade!

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